Mostra Lúdica Narrativa - Comentários Gerais dos dois primeiros dias

 Saudações Rpgistas de todo o Brasil!!!

Aqui em Natal-RN estava há muito tempo sem  um evento de RPG, então após várias conversas com o Fernando Afonso do Cavaleiros da Noite Insones,  com a liderança desse nobre amigo, foi elaborado um projeto, juntamente  com o pessoal do trampolim da aventura (encontro de Jogos de tabuleiros aqui na cidade, sobre a liderança de Tendson Silva) e foi entregue a pró-reitoria de extensão do IFRN, após uma longa espera devido a uma greve, tudo foi aprovado, depois de muitas reuniões e a definição de como seria o evento.

 Então nos  dias 15, 16 e 17 de dezembro o evento sobre RPG e jogos de tabuleiro, durante a expotec do IFRN,  vou fazer um breve comentário sobre o evento, colocando em evidencias nossos pontos de vistas. Nos dois primeiros dias ocorreu mostra de livros de RPG e palestras com professores, pesquisadores que usam o RPG e os jogos de tabuleiros como instrumento lúdico, no terceiro foi o dia de se jogar, vários mestres, muitos sistemas e faremos um resumo e depois em outras postagens detalharemos melhor o evento.

 1- Sobre a mostra de livros e jogos de tabuleiros

As pessoas tiveram a oportunidade de conhecer vários jogos de tabuleiros, se não houve engano nas informações são todos jogos do acervo do colecionar Tendson Silva.

 

 

Aqui podemos ver miniaturas usadas em jogos de RPG e dados usados nos jogos, em evidencia o famoso Dungens & Dragons na sua quarta edição. 

Essa mesa tinha vários titulos famosos, desde as várias versões do D&D, livros de Gurps, sistema Daemon, do antigo mundo das trevas, o novo mundo das trevas, tormenta, cyberpunk 2020, Shadowrun, entre vários outros, todos livros emprestados pelos colaboradores, mestres e colecionares.

  

As pessoas que visitavam tinham a oportunidade de ver vários titulos, manusear e conversar sobre os jogos de RPG e de tabuleiros, foi um point de encontro de veteranos e novos jogadores.

No stand as pessoas poderiam fazer as incrições das palestras e das mesas de jogo.

Aqui temos livros das duas gerações, do antigo mundo das trevas, como o Changeling, Mago a cruzada dos feiticeiros, livros de tribo de lobisomem o apocalipse, e da novo mundo das trevas , com títulos como mago o despertar, vampiro o requiem, lobisomem os destituídos, Geinst , lugares misteriosos...

 

 Tinha jogos de tabuleiros para todos os gostos e idades, tinha até um sumô de hamsters, e era muito interessante por sinal.

 2- Sobre as palestras

Tivemos cinco palestras, retirei um resumo das palestras do documento do grupo do facebook, feito por Fernando Afonso, autor dos cavaleiros insones

Palestra: Gary Gygax e a invenção do role-playing game.

Palestrante: Renato Amado Peixoto - `Professor da UFRN

Resumo:A invenção do role-playing game não deve ser entendida apenas como um ato lúdico, mas enquanto uma produção cultural que foi desenvolvida num contexto específico, a contracultura estadunidense e que, por conta disto, recebeu influências muito específicas, a partir das quais se devem compreender as ideias e problemas colocados. Gary Gygax, na criação do Dungeons & Dragons, trabalhou conceitos já colocados desde a década de 1920 nas construções espaciais e temporais de H. P. Lovecraft e Robert E. Howard. É esta historiografia dos role-playing games e o exame das ideias em jogo, com suas consequências e possibilidades, que pretendemos explorar.

Palestra: Usando jogos de Interpretação para ensinar História

Palestrante: Daniel Holanda

Resumo: Será discutido as vantagens no aprendizado - não só escolar - das pessoas que jogam RPG,  tendo em vista o campo da história e suas matérias correlatas. Para levar tal discussão a cabo, o palestrante pretende citar exemplos básicos, principalmente referentes ao tema de pesquisa dele atualmente, o terrorismo. Evidenciando possíveis jogos e métodos de pesquisa para levar a cabo esses jogos. A palestra terá também em vista como podem ser feitos trabalhos acadêmicos referentes ao RPG e a história.

Palestra: Do lúdico ao Simulacro - Um estudo sobre o jogo de RPG

Palestrante: Celso Luiz Vasco e Silva

Resumo: Através do levantamento de dados realizados em reportagens, livros de RPG, bem como a observação participante de diversas sessões. O presente trabalho tem como principal objetivo fazer um estudo dos processos que envolvem a construção do imaginário sobre o jogo de RPG, tendo em vista elementos que partem dos jogadores e dos observadores dos jogos. No primeiro momento desse trabalho monográfico é feito o enquadramento do RPG na definição de jogo lúdico desenvolvida por Huizinga. Nesse primeiro momento é feito à análise do surgimento do RPG como sendo resultado de uma série de movimentos de contra cultura. No segundo momento, é desenvolvido como o RPG também se aproxima do conceito de jogo simulacro criado por Caillois. Isso é feito para trabalhar a característica de atuação de papéis dos personagens do jogo de RPG. Por fim, na terceira parte é mostrada, em diversos momentos, a maneira como o RPG é posto como resultante das ações de indivíduos. Dito isso, se torna necessário mostrar as relações entre alguns jogadores e os elementos que contribuem para a formação do imaginário acerca do jogo.

Palestra: A História dos Jogos de Tabuleiros (Boardgames) Lúdicos

Palestrante: Tendson Silva
Resumo: A palestra traçará a linha de tempo dos boardgames e sua influência na cultura humana, até a data atual e termina apontando para o futuro do universo lúdico.

  Tenson Silva na palestra sobre jogos de tabuleiro

Palestra: Jogos de Interpretação (RPG) e a educação

Palestrante: Matheus Silva de Medeiros

Resumo: Este trabalho procura apresentar o RPG como meio educativo. O RPG ou RolePlaying Game, traduzido como Jogo de Interpretação de Papéis, foi criado na década de 1970 nos Estados Unidos da América, por Gary Gygax e Dave Arneson, e trazido para o Brasil durante a década de 1980, ele é um jogo diferente dos demais por possuir dois tipos de jogadores distintos, um que define, cria e narra a históra e outros que a vivênciam e interpreta um personagem, podendo agir da forma que desejar e pensar; com base nessa liberdade de ação e vivência do personagem em um cenário fictício , pensou-se em trabalhar na escola, apresentando assim o processo de criação de uma aventura, que é semelhante ao papel do professor em planejar aula e métodos de aplica-lo em sala de aula, para que sirva de apoio e aprendizagem pela exeperiência vivida no decorrer da aventura, além de suporte aos professores na analise dos seus alunos e avaliações continua. Toda o processo de pesquisa desse trabalho, teve como base as fontes bibliográficas existentes, pesquisas na internet em sites sobre o assunto, além da minha vivência em um grupo de RPG.

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 Matheus Silva durante sua palestra sobre  Jogos de Interpretação (RPG) e a educação

 Não poderia faltar a foto com os palestrantes e o pessoal da organização

3- Apoio cultural 

Agradecemos o apoio das editoras Retropunk, Redbox, Jambô, Secular Games e editora Draco que mandaram livros de brindes para serem sorteados. A Reinos Games Store pela confecção das camisetas,  Empresa de telefonia Vivo e a Galápagos Jogos que de última hora mandou três execelentes jogos.

APOIO CULTURAL

Editora Draco - editoradraco.com

Jambô Editora - www.jamboeditora.com.br

Red Box Editora - www.redboxeditora.com.br

Retropunk Game Design - retropunk.net

Secular Games - www.secular-games.com

VIVO - www.vivo.com.br

REINOS Game Store - www.reinosgamestore.com

Galápagos Jogos: www.galapagosjogos.com.br

Desejamos a todos um Feliz Natal e em breve uma  postagem especial sobre o terceiro dia do evento, abordando as mesas de RPG, os jogos de tabuleiros , os sorteio de brindes ( e foram muitos) e a mesa redonda com mestres e jogadores. Só posso dizer que tivemos muitas surpresas nos Rpgs narrados durante o evento, muitos nacionais em evidência, rpg indies, e até mesmo um jogo produzido por um narrador daqui da cidade.

 

Old Dragon Day 2011 - Parque das Dunas - Natal-RN

O Old Dragon está completando um ano de vida! Em comemoração a esta data, a Redbox Editora está promovendo o Old Dragon Day, o evento irá ocorrer em todo o Brasil, organizado por qualquer grupo interessado e inscrito no site do evento.  A união dos Escudos  vai abrir uma mesa para esse  evento, que irá ocorrer nesse sábado (05/11), apartir das 13 horas no parque das dunas.

O parque cobra a taxa de R$ 1,00 por vistante, existe alguns espaços com mesas onde podemos nos juntar e comemorar o aniversário do velho dragão rolando uns dados. Para participar basta comparecer o local munido apenas do espirito aventureiro, iniciantes serão bem vindos, assim como veteranos também. 

Para Maiores informações podem ligar para o número 8806-3798(Reginaldo) ou através do twitter (@reginaldox).

Sistemas nostálgicos - parte 2

Shadowrun

Esse é um jogo também em um futuro cyberpunk, onde a magia esta presente, juntamente com elfos, anões, orcs, trolls, e criaturas mitológicas. Os aventureiros desse futuro fantástico de 2053, podem ser samurais urbanos, xamãs, elfos tecnocratas, bruxos e várias coisas mais, estão sempre prontos a realizar trabalhos sujos para alguma megaempresa corporativa, no Brasil chegou a ter vários suplementos: Catálogo do samurai urbano, Contatos e Metagem e uma trilogia de romances  chamados Segredos de poder, não emplacou por que RPGS desse gênero não fazem o gosto do publico brasileiro.

O jogo foi também adaptado para o Super Nintendo, Sega Genesis e Sega Mega-CD (somente no Japão. Todas as três dessas adaptações são jogos inteiramente diferentes com histórias diferentes apesar de que todas elas tomam lugar no universo de Shadowrun.

Esses jogos são fiéis a versão "papel e caneta", apesar de o grau de fidelidade variar. Todas as versões mostram uma influência japonesa significante. Existe também um jogo de cartas colecionáveis baseado em Shadowrun.

Toon

Nesse RPG os jogadores são personagens de desenhos animados, as coisas mais absurdas podem acontecer nesse cenário, leis da física são desafiadas, animais falam, pilotam carros, foguetes, ninguém nunca morre, por mais que seja explodido, esmagado, queimado, enfim seguindo as regras de animações como Pernalonga, pica pau, Tom e Jerry entre outros.
O narrador é chamado de diretor de animação, diz aos participantes em que tipo de desenho animado eles estão, quem (ou o que) vive neste cenário e o que acontece, existe um capitulo com várias aventuras que podem ser jogadas, ou como qualquer outro RPG pode ser criado pelo Narrador. O sistema usa dados de 6 faces para resolução de ações, todos os personagens têm quatro Atributos básicos que são: Muque, Zip, Astúcia e Caradura. 
Muque indica a força física do seu personagem. Zip indica a velocidade, prontidão, destreza e coordenação. Astúcia indica: Inteligência, Conhecimento, Esperteza e esse tipo de coisa. Caradura indica quão “abusado” seu personagem é. Um personagem que tenha muita Caradura tem muita coragem. 
Existem 23 perícias todas descritas na ficha do personagem, O Diretor de Animação distribui Pontos de Trama toda vez que algum personagem faz alguma coisa muito engraçada ou muito inteligente, ou quando os personagens conseguem chegar ao fim da aventura com sucesso. 
Algumas coisas não podem ser feitas usando perícias, tais como superpoderes, então para que o personagem adquira isso é preciso gastar pontos em prodígios, Exemplo: O Prodígio “Saco de Surpresas” permite que você tire quase tudo que você pode vir a precisar de dentro de seu saco (ou bolso, ou qualquer outra coisa).Toon é um jogo divertido, indicado para aventuras curtas e ocasionais, principalmente quando o grupo esta cansado de um RPG mais sério.

Tagmar

Ele foi o primeiro jogo de RPG criado e publicado por Brasileiros, baseado em fantasia medieval com todos os elementos presentes nesse tipo de jogo: magos, guerreiros, feiticeiros, dragões, armas mágicas e um mundo de campanha, tudo isso num único livro.
Ele foi importante porque muitas pessoas começaram a conhecer o RPG jogando o Tagmar, existiam poucos títulos em português nessa época, somente com a chegada do D&D e do AD&D ele começou a perder espaço, até porque as regras do Tagmar eram nos moldes de RPGs antigos, como o Rolemaster, que possuíam uma quantidade imensa de tabelas que tornava o jogo um tanto burocrático.

Como muitos jogos de fantasia medieval com  ambientação baseada nos livros de J.R.R Tolkien foi acusado injustamente de ser baseado no D&D, mas na verdade era um sistema bem diferente. Devido a várias características, que incluíam o preço, disponibilidade e novas ideias, como por exemplo, o inédito conceito da Energia Heróica; em pouco tempo, o Tagmar se tornou um sucesso, reunindo um grande número de fãs.

Paranoía

Um dos RPGs mais divertidos que tive a oportunidade de jogar, tudo se passa no futurista Complexo alfa, onde as pessoas são comandas por um computador paranoico e tirano com leis extremamente rígidas e burocráticas, os traidores estão por toda parte, os mutantes, espalhar boatos, ser membro de sociedade secreta, duvidar do computador, desobedecer a ordens, ser infeliz também é traição.

O clima do jogo é bem simples... Os Jogadores eram reles infravermelhos que faziam trabalhos insignificantes e sem sentido. Vocês acusaram grandes amigos seus de traidores, provando sua lealdade ao computador, por isso, foram promovidos a agentes atiradores vermelhos.

Agora, ao invés de trabalhos insignificantes, vocês terão que participar de arriscadas missões para proteger seu amigo, O Computador, o Complexo Alfa (a cidade onde vocês vivem) e os cidadãos do Complexo (nessa ordem). E esperam um dia finalmente, ser promovidos a cidadãos Ultravioletas e viver a boa vida.

Mas e se nós morrermos?

Simples... Cada cidadão do complexo alfa possui seis clones idênticos a si mesmo, portanto, terão muitas chances para chegar ao fim vivos.

Essa mistura de humor negro e ficção cientifica se encontram neste RPG em que você escolhe entre se aliar ao Computador ou não obedecer a nenhuma regra, mas ai você já deve imaginar que destino lhe aguarda.

Em Relação ao sistema de regras, como muitos RPGs antigos, uma boa aventura exige um mestre experiente e de bom senso, que saiba aproveitar o que o livro traz de melhor.

Na próxima postagem teremos a parte final sobre esses sistemas nostalgicos, que não só trazem saudosismo, como também um amadurecimento da maneira de jogar e narrar jogos de RPG, nenhum sistema desses eu acho e nem acharei desnecessário, pois em todos eles que eu tive a oportunidade de me divertir muito, conhececer pessoas e valores.

Sistemas nostálgicos - parte 1

Nessa minha vida de RPGista tive o prazer de encontrar alguns sistemas que não caíram no gosto popular, alguns inclusive pode ter sido o primeiro RPG de muitos, é bem possível que você já tenha jogado alguns desses títulos pelo menos uma vez na vida, ou estão escondidos na sua coleção de livros como uma forma de nostalgia.

Castelo Falkenstein

Esse eu posso afirmar que foi uma das melhores ideias em RPG da década de 90, o cenário é uma nova Europa, um mundo fantástico baseado na literatura de grandes autores da Era Vitoriana com elementos de fantasia medieval, existe uma mistura de tecnologia baseado no vapor com feitiçaria, anões, elfos, fadas, Dragões e personagens da literatura tais como Sherlock Holmes, Conde Drácula, Capitão Nemo, O Homem invisível, convivem dentro do mesmo cenário.

O sistema não usa fichas de personagens e nem dados, os conflitos são resolvidos usando cartas de baralho, tudo é descrito nas páginas de diário de Tom Olam, um criador de jogos da terra que foi transportado magicamente para esse fantástico mundo, um dos problemas que vejo é que não é um bom jogo para iniciantes, cheguei a comprar o livro de um amigo, mas não consegui jogadores dispostos a encarar esse estilo de RPG nada tradicional, hoje em dia é uma raridade ter um livro desses, só achei no estante virtual (R$ 100) e no mercado livre (R$ 150).

Cyberpunk 2020

Jogo baseado num tipo de literatura de ficção cientifica do romance de William Gibson, Neuromancer , surgiu o gênero Cyberpunk, que mostra um futuro violento, dominado por grandes corporações, realidade virtual e implantes biônicos, os personagens assumem papeis, cada um apresenta uma pericia especial. Existem nove papeis a escolha dos jogadores, os Roqueiros (uma espécie de bardo), os Solos (mercenários), Netrunners (Hackers desse mundo), Técnicos (mecânicos e médicos renegados), os Mídias (repórteres que fazem tudo por um grande furo), Policiais (nem preciso explicar), os Corporativos (homens da grana) Atravessadores (muambeiros) e os Nômades (gangs de motos)

O sistema de combate (ironicamente denominado Tiroteio de Sexta a Noite) é extremamente letal e isso obriga os jogadores a usarem mais a tática e estratégia, como emboscadas e fugas, e menos o combate franco.

Um dos grandes problemas do cyberpunk 2020 é fazer as fichas dos personagens, pois existe uma variedade de implantes e armas que os personagens podem comprar, mas claro se tiverem eurodólares para isso. 
Por ser tão mortal são raras as lendas de campanhas desse RPG, em geral é um bom jogo para sessões rápidas e eventuais.

No próximos artigos falarei mais um poucos sobre outros sistemas nostálgicos, Toon, Shadowrun, Tagmar, Paranoia, Ars Magica, Millenia, Desafio dos Bandeirantes , In Nomine e o famoso Call of Chtulhu.

Como o RPG me ajudou

Meu nome é Reginaldo Dias dos Santos, Tenho 34 anos, sou casado e pai de um linda filha de um pouco mais de um ano de idade, sou Engenheiro de Materiais, sou mestre em Engenharia Mêcanica ambos pela UFRN, a primeira vez que me deparei com o RPG eu tinha 12 anos de idade, um sujeito chegou na escola que eu estudava com o famigerado Rolemaster, confesso que quando vi os caras jogando aquilo fiquei um tanto desconfiado, pois era muito estranho para mim ver aquelas pessoas rindo e rolando dados e consultando uma infinidade de tabelas que esse jogo possui, então a minha primeira impressão não foi boa, achei coisa de doidos farridos. 

 rolemaster - primeiro RPG que eu vi

Em 1995  eu era da equipe de xadrez da ETFRN (hoje IFRN) um amigo chamado Jailson me chamou para jogar esse tal RPG, no dia fiquei com vontade de recusar o convite, mas acabei indo ver esse jogo de malucos como eu pensava.No dia marcado na casa desse amigo fui apresentando ao Lobisomem o apocalipse, o sistema de narrativa foi uma agradavél surpresa, naquele momento entendi o real significado daquela sigla RPG, a pessoa que narrou esse jogo foi Dário que hoje em dia é um grande amigo, um verdadeiro irmão, desde aquele dia me tornei RPGista de carteirinha, eu era uma pessoa tímida e um tanto anti social, não gostava de falar em publico, e eu era um tanto metodico.

  

Vieram outros jogos, vampiro a mascara, aqui na cidade teve o famoso Natal by Night, depois foi a vez do AD&D e o D&D 3.0, Mago a cruzada dos feiticeiros, Gurps, nisso foram surgindo as pessoas que formam meu grupo atual: Sironne, Thiago Zeus, Bira e o mais novo deles, Willian que é primo da minha esposa, inclusive o nome do blog surgiu de uma campanha de D&D que joagavamos quase todos os fins de semana, não posso esquecer de Marcus o Eterno paladino que hoje esta morando em Curitiba.

Mas alguem pode estar se perguntando, onde e como o RPG me ajudou? Vou responder, graças ao RPG fiquei extrovertido, não tive mais vergonha de falar em publico, comecei a me interessar por história até em então a pior disciplina para mim, ajudou a controlar minha ansiedade, pois gostova de acompanhar aquelas narrativas sem ficar entediado,ficou muito mais fácil improvisar para resolver problemas no dia a dia, aprendi a escutar as opiniões dos outros e que eu não era o dono da verdade que eu achava que era, tenho verdadeiros amigos que além de jogar comigo também compartilham conquistas e tristezas, me ajudou a escolher a profissão de Professor (estou fazendo doutorado para ser professor de nivel superiror) e por último foi no RPG que conheci a minha esposa e hoje tenho a Natália a nossa filha, a coisa que mais amo nesse mundo.

Outro dia contarei como me tornei um narrador também.

Mundo de Bizzonia - Um cenário para Old Dragon

Apresentação 

O mundo de Bizzonia é um cenário para o Old dragon, um lugar fantastico, cheio de aventuras, mistérios, intrigas, magias, monstros, cultos estranhos e tudo que você possa imaginar. Vamos apresentar o cenário aos poucos por isso acompanhem o blog que em breve teremos muitas novidades.

Porque usar o Old Dragon?

Na procura de um sistema mais simplificado, mas acima de tudo com o mesmo espírito que pensava para esse cenário, um RPG nos moldes antigos, também chamado de old school , onde os pudesse dar de cara com um dragão ou com um simples goblin, pois vocês já pararam para pensar que quando você fica muito poderoso, as criaturas mais fracas desaparecem, quem já enfrentou um goblin estando num nivel 10?
Então o Old Dragon de Antonio Sá Neto e Fabiano Neme se encaixa nesse perfil que eu procurava de um sistema onde que o mais importa é uma boa estória e não as regras e estatísticas.

Lendas sobre a origem de Bizzonia

Uma lenda muito antiga diz  que a  vários séculos atrás Bizzonia era formada por apenas um gigantesco continente,existia uma raça que dominava a magia e a usava para todas as coisas, era presente no dia a dia dos primitivos, até que um dia a à queda de um meteorito provocou um cataclisma nunca antes visto, houve mudanças dramáticas no clima e na topografia do continente,boa parte do continente afundou e para sobreviver a antiga raça de Bizzonia teve que procurar lugares onde a sobrevivência fosse possivel, assim surgiu as várias raças presentes hoje no mundo de Bizzonia.

Os anões surgiram apos os alguns habitantes da antiga raça se refugiarem para o subterrâneo, o corpo acabou se apaptando ao ambiente e pelo trabalho de escavação nas rochas acabaram se tornando resistentes e robustos.

Outros povos acabaram ficando expostos a radiação do meteorito e as mutações foram ocorrendo, os elfos surgiram com os que precisaram fugir para áreas selvagens adquirindo uma  harmonia com a natureza, acabaram se tormando ageis, mas seu corpo um tanto frágil. 

Outros acabaram migrando para outras regiões onde precisaram construir tocas para sobreviver ao frio e  aos animais predadores, seu corpo adquiriu uma agilidade mas devido a radiação se tornaram pequenos que os outros humanoides e por isso menos fortes que as outras raças.

Os humanos são os decendentes diretos que fugiram e pouco sofreram com as mutações das outras raças, mas tiveram que se aptar a ambientes inóspitos mas isso acabou se tormando uma vantagem pois é a raça dominante nos dias de hoje, habitando a maioria dos lugares.

Algumas raças não tiveram a mesma sorte e acabaram se tornando as maiores vitimas das mutações, os orcs, os goblins, os bugbears, hobgoblins, ogros, Trolls entre outros.

No proximo artigo irei detalhar o mapa, os lugares de interesse, as lendas, os mitos, costumes e os diversos reinos.