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sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Sistemas nostálgicos - parte 2

Shadowrun

Esse é um jogo também em um futuro cyberpunk, onde a magia esta presente, juntamente com elfos, anões, orcs, trolls, e criaturas mitológicas. Os aventureiros desse futuro fantástico de 2053, podem ser samurais urbanos, xamãs, elfos tecnocratas, bruxos e várias coisas mais, estão sempre prontos a realizar trabalhos sujos para alguma megaempresa corporativa, no Brasil chegou a ter vários suplementos: Catálogo do samurai urbano, Contatos e Metagem e uma trilogia de romances  chamados Segredos de poder, não emplacou por que RPGS desse gênero não fazem o gosto do publico brasileiro.
O jogo foi também adaptado para o Super Nintendo, Sega Genesis e Sega Mega-CD (somente no Japão. Todas as três dessas adaptações são jogos inteiramente diferentes com histórias diferentes apesar de que todas elas tomam lugar no universo de Shadowrun.
Esses jogos são fiéis a versão "papel e caneta", apesar de o grau de fidelidade variar. Todas as versões mostram uma influência japonesa significante. Existe também um jogo de cartas colecionáveis baseado em Shadowrun.

Toon


Nesse RPG os jogadores são personagens de desenhos animados, as coisas mais absurdas podem acontecer nesse cenário, leis da física são desafiadas, animais falam, pilotam carros, foguetes, ninguém nunca morre, por mais que seja explodido, esmagado, queimado, enfim seguindo as regras de animações como Pernalonga, pica pau, Tom e Jerry entre outros.
O narrador é chamado de diretor de animação, diz aos participantes em que tipo de desenho animado eles estão, quem (ou o que) vive neste cenário e o que acontece, existe um capitulo com várias aventuras que podem ser jogadas, ou como qualquer outro RPG pode ser criado pelo Narrador. O sistema usa dados de 6 faces para resolução de ações, todos os personagens têm quatro Atributos básicos que são: Muque, Zip, Astúcia e Caradura. 
Muque indica a força física do seu personagem. Zip indica a velocidade, prontidão, destreza e coordenação. Astúcia indica: Inteligência, Conhecimento, Esperteza e esse tipo de coisa. Caradura indica quão “abusado” seu personagem é. Um personagem que tenha muita Caradura tem muita coragem. 
Existem 23 perícias todas descritas na ficha do personagem, O Diretor de Animação distribui Pontos de Trama toda vez que algum personagem faz alguma coisa muito engraçada ou muito inteligente, ou quando os personagens conseguem chegar ao fim da aventura com sucesso. 
Algumas coisas não podem ser feitas usando perícias, tais como superpoderes, então para que o personagem adquira isso é preciso gastar pontos em prodígios, Exemplo: O Prodígio “Saco de Surpresas” permite que você tire quase tudo que você pode vir a precisar de dentro de seu saco (ou bolso, ou qualquer outra coisa).Toon é um jogo divertido, indicado para aventuras curtas e ocasionais, principalmente quando o grupo esta cansado de um RPG mais sério.

Tagmar


Ele foi o primeiro jogo de RPG criado e publicado por Brasileiros, baseado em fantasia medieval com todos os elementos presentes nesse tipo de jogo: magos, guerreiros, feiticeiros, dragões, armas mágicas e um mundo de campanha, tudo isso num único livro.
Ele foi importante porque muitas pessoas começaram a conhecer o RPG jogando o Tagmar, existiam poucos títulos em português nessa época, somente com a chegada do D&D e do AD&D ele começou a perder espaço, até porque as regras do Tagmar eram nos moldes de RPGs antigos, como o Rolemaster, que possuíam uma quantidade imensa de tabelas que tornava o jogo um tanto burocrático.
Como muitos jogos de fantasia medieval com  ambientação baseada nos livros de J.R.R Tolkien foi acusado injustamente de ser baseado no D&D, mas na verdade era um sistema bem diferente. Devido a várias características, que incluíam o preço, disponibilidade e novas ideias, como por exemplo, o inédito conceito da Energia Heróica; em pouco tempo, o Tagmar se tornou um sucesso, reunindo um grande número de fãs.

Paranoía


Um dos RPGs mais divertidos que tive a oportunidade de jogar, tudo se passa no futurista Complexo alfa, onde as pessoas são comandas por um computador paranoico e tirano com leis extremamente rígidas e burocráticas, os traidores estão por toda parte, os mutantes, espalhar boatos, ser membro de sociedade secreta, duvidar do computador, desobedecer a ordens, ser infeliz também é traição.
O clima do jogo é bem simples... Os Jogadores eram reles infravermelhos que faziam trabalhos insignificantes e sem sentido. Vocês acusaram grandes amigos seus de traidores, provando sua lealdade ao computador, por isso, foram promovidos a agentes atiradores vermelhos.
Agora, ao invés de trabalhos insignificantes, vocês terão que participar de arriscadas missões para proteger seu amigo, O Computador, o Complexo Alfa (a cidade onde vocês vivem) e os cidadãos do Complexo (nessa ordem). E esperam um dia finalmente, ser promovidos a cidadãos Ultravioletas e viver a boa vida.
Mas e se nós morrermos?
Simples... Cada cidadão do complexo alfa possui seis clones idênticos a si mesmo, portanto, terão muitas chances para chegar ao fim vivos.
Essa mistura de humor negro e ficção cientifica se encontram neste RPG em que você escolhe entre se aliar ao Computador ou não obedecer a nenhuma regra, mas ai você já deve imaginar que destino lhe aguarda.
Em Relação ao sistema de regras, como muitos RPGs antigos, uma boa aventura exige um mestre experiente e de bom senso, que saiba aproveitar o que o livro traz de melhor.

Na próxima postagem teremos a parte final sobre esses sistemas nostalgicos, que não só trazem saudosismo, como também um amadurecimento da maneira de jogar e narrar jogos de RPG, nenhum sistema desses eu acho e nem acharei desnecessário, pois em todos eles que eu tive a oportunidade de me divertir muito, conhececer pessoas e valores.